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  • Foto do escritorFrederico Aburachid

NOVA AGENDA DA INDÚSTRIA

Os momentos de crise no Brasil são cíclicos. Velhos problemas atormentam os brasileiros intercalados por períodos de bonança e calmaria.

No início da década de 1990, o Brasil enfrentou graves problemas econômicos e políticos. Ao final daquela mesma década, houve a crise de 1998/1999, impondo novas medidas drásticas para que o Plano Real não fosse abalado pelo contexto global.

Em 2008, mais uma vez, ocorreu o estouro da bolha imobiliária norte americana e os impactos da crise europeia. Não é preciso citar 2015/2016…

Em todos esses momentos, nossa forma de suportar os desafios restara comprometida em virtude dos gargalos burocráticos, legislação trabalhista, ambiental e tributária antagônica ao desenvolvimento, sem ignorar os problemas de infraestrutura, dentre outros.

Mesmo nos períodos de calmaria e bonança, como ocorreu à época do boom das commodities, verifica-se que o crescimento brasileiro ficou bem abaixo do esperado. Não se conseguiu construir bases sólidas, fortalecer a indústria nacional e eliminar os velhos problemas.

A conclusão a que se chega é que o Brasil sempre buscou resolver seus problemas com os mesmos meios e as mesmas agendas. Não agregou valor ao seu produto industrial, não reteve ou atraiu talentos suficientes em suas terras, ignorou vocações e tendências que deveriam ser ressaltadas.

Agora, o movimento industrial – através  da sociedade civil organizada – passa a afinar o discurso em favor de maior transparência, eficiência, razoabilidade e economicidade.

A sociedade quer participar efetivamente das decisões e ações estatais, podendo fazê-lo por ter alcançado um grau de consciência política mais elevado, existindo tecnologia disponível e vários meios de comunicação direta para aproximar o povo das decisões.

O setor produtivo avança e moderniza sua pauta de pressão, desejando exatamente agregar valor ao produto nacional, estimular a inovação, capacitar a mão de obra, aprimorar as tecnologias disponíveis e fomentar o empreendedorismo.

Em Minas Gerais, a Fiemg tem sido protagonista dessa nova agenda. Sob a liderança do Presidente Olavo Machado e 138 diferentes sindicatos, os seus projetos possuem conteúdo voltado para a modernização da indústria, inovação e tecnologia, internacionalização das empresas e redução dos gargalos de nossa competitividade .  Sempre de forma harmônica aos princípios do desenvolvimento sustentável.

Na esteira desse entendimento, os conselhos da Fiemg, formados por diferentes profissionais e empresários, tem procurado identificar as carências dos setores e alinhar os projetos da indústria.

Apenas a título de exemplo, cite-se o aperfeiçoamento do CIT-CETEC, o Fiemg Lab, P7 criativo, o programa de cooperação para as cidades sustentáveis no Vale do Aço, o Minas Sustentável,  a agenda de modernização dos municípios mineiros que vem sendo desenvolvida pelo Conselho de Assuntos Metropolitanos e Municipais, o projeto expand e outros. Há ainda as feiras internacionais, como o Minas Trend, e os brilhantes Centros de Formação Profissional do SENAI e Escolas do Sesi (referências nacionais).

Essa nova agenda do setor produtivo caminha em linha para a solução de velhos problemas brasileiros. Não se faz mais do mesmo, mas se inova também nas soluções, a fim de eliminar gargalos e afastar a crises cíclicas brasileiras.

A voz de Minas é ouvida , a nosso sentir, no tom certo. Dialoga-se de forma apartidária com os mandatários do Poder. Constrói-se projetos de curta, media e longa duração, representando mais que interesses individuais, verdadeiros legados para a sociedade em favor do progresso com dignidade.

Os frutos serão colhidos pelas gerações presentes e futuras.

ABURACHID, Frederico José Gervasio. Belo Horizonte: Jornal Estado de Minas, Caderno 1, p. 09. 16/04/2017. Nova Agenda da Industria – Estado de Minas – 160402017

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